segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MULHER ... te valoriiza Criaturaaa!

Lá estava ela... com a maquiagem borrada, os olhos vermelhos, bêbada e com o celular na mão, pronta pra discar pela milésima vez o número dele na esperança de que não caísse de novo na caixa postal.
Coitada, não passa de uma mendiga implorando por restos, vivendo de esmolas ou de qualquer coisa que lhe seja dada como milho jogado as galinhas. Não via que de todas as formas de mendicância, a de amor é a mais lastimável. Sujeitava o coração as migalhas que ele concedia quando achava interessante, sonhava com telefonemas que não vinham, com declarações que nunca cogitaram existir e um romance que jamais ousou passar pela cabeça dele.
Não julgo esse tipo de mulher, porque eu acho que todo mundo é um pouco mendigo do amor de alguém pelo menos uma vez na vida. Só que um dia a gente sai da miséria, ganha ambição, procura mais, visa lucro... e lucro é casa, comida, roupa lavada, cinema de mãos dadas, filhos e felizes para sempre. A gente se valoriza, deixa de lado a falta e dá boas vindas a abundância de amor, amor por nós mesmas. Acontece que infelizmente existem mulheres como ela, que não superam nunca, são incapazes de se dar uma chance. E quando o telefone dá caixa postal pela milésima primeira vez, ela decide partir pra outra. E desde que elas não os achem partem mesmo, até encontrar o próximo e bis na história. Ela chora no ombro da amiga e diz que os homens são todos iguais, talvez sejam mesmo, mas ela também continuou sendo a mesma digna de muita piedade e nenhum amor. Ela mudou de homem, mas não mudou de estratégia, não sacudiu a poeira nem pra de baixo do tapete, não saiu com amigas, não se admirou em frente ao espelho por mais de 2 minutos, não paquerou vários carinhas pra descobrir que ninguém é insubstituível, não dedicou o tempo só a si mesmo. Continuou pedinte, enquanto eu enchia o peito de vontade de gritar no ouvido dela: - Mulher... te valoriza criatura!

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